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26 de junho de 2007

 

A vida é uma escola


Continuando com as sábias lições que a vida me ensinou


Lição 1

Essa história provavelmente não aconteceu como lhes contarei, já que deve ter sido aumentada ao máximo a fim de torná-la mais emocionante e engraçada. Contarei exatamente da maneira como chegou aos meus ouvidos, já que o que importa é a mensagem que nos passa, não a veracidade.

Eu tenho um amigo que foi passar o carnaval em Cabo-Frio com uma galera. Chegando lá, altas festas, ele super bêbado, zoando demais, viu uma garota bonitinha e mexeu com ela (até aqui tudo foi verdade). A menina não gostou da cantada e disse que ia chamar o namorado, meu amigo cagou e andou. Cinco minutos depois ela volta com um tampinha invocado, daí meu amigo debocha: "Esse que é teu namorado? Essa merdinha?" e dá um cascudo na cabeça do malandro.

O carinha vai embora muito puto dizendo que vai buscar seus amigos (agora começa o exagero) e chegam uns vinte sujeitos e espancam meu amigo, batem muito mesmo, até que um grupo de pessoas que estava ao redor conseguiu separar e salvar a pele dele.

Meu amigo, que estava sozinho, vai embora buscar seus companheiros. Quando estes vêem o sujeito todo machucado perguntam o que aconteceu e ele explica o ocorrido. Seus amigos decidem comprar a briga e buscar o grupo que lhe havia espancado. O problema é que seus amigos eram três, e o grupo era de vinte, mas foram assim mesmo.

Quando os quatro voltam ao local do linchamento, lá estava o mesmo grupo lhes esperando, e o resultado foi outra surra devastadora, porém, não apenas de vinte, já que a esses se somaram os que antes haviam separado a briga, mas que agora estavam putos por meu amigo ter voltado pra apanahar mais e ainda meter seus camaradas na surra.

Pronto. Essa foi a história como chegou até meus ouvidos, contada pela própria vítima do espancamento. Então, eu como bom amigo tentei consolá-lo dizendo "Deixa quieto, o mundo dá voltas, ainda vamos encontrar esses carinhas e devolver as porradas. Quem bate esquece, mas quem apanha não, aposto que você lembra a cara deles". E ele me respondeu:

- Lembro sim, mas deixa pra lá, eu tava errado mesmo. Nem to puto com os caras porque sei que eu no lugar deles faria o mesmo. Mas, se bem que tem um dos carinhas que esse sim eu quero encontrar na rua e bater muito nesse filho da puta. Todos eu deixo passar, mas esse cara não.

- E por quê justamente esse cara? - Perguntei.

- Porque tava todo mundo me batendo na moral, sem exagero, mas esse filho da puta só batia na minha cara. Porra, só na cara é sacanagem.

Moral da história: Até mesmo nos atos de barbárie devemos estar sujeitos a certas normas.

Sub-moral : Amizade é muito bonito, mas nada pode contra a matemática. Quatro amigos não batem em vinte inimigos e ponto final.




Lição 2

Eu estava na sala de aula na sexta-série conversando com um companheiro ao meu lado quando me exaltei e acabei babando. Uma babada feia mesmo, daquelas que não dá pra disfarçar, e o carinha não perdoou e começo a gritar "babão!" "babão!". E o pessoal que estava perto também se uniu ao coro "babão!" "babão!" , menos um que estava sentado à minha frente e copiava a matéria do quadro com medo que o professor seguinte a apagasse.

Logo, quando todo mundo já tinha parado de zoar, ele finalmente terminou de escrever, fechou o caderno, virou pra trás e foi correr atrás do tempo perdido, porque não é sempre que alguém baba e ele não podia ficar sem zoar. Daí começou com a mesma ladainha que todos já tinham feito: "babão!!!" "babão!!", só que equivocadamente chamava babão ao sujeito ao meu lado (o que tinha começado tudo), pensando que era ele que tinha babado. E o injustiçado foi corregi-lo:

- Por que babão? Tá maluco? Quem babou foi ele (apontando pra mim)

E o atrasado muito sem graça tentou não perder a pose:

- Eu sei que foi ele, mas é que você é um Feiux!


Moral da História: Pra tudo se tem uma explicação. Que essa tenha algum sentido, daí já é outra cousa.



Lição 3

Eu estava conversando com minha chefe sobre seu casamento, se ela tinha algum pretendente que ficou pra trás, essas coisas. E ela me explicou que antes de se casar tinha um rapaz apaixonado por ela, mas a recíproca não era verdadeira, só que não tinha jeito dela fazer o cara se mancar. Até que um dia ela teve a genial idéia de que se magoasse ele bem fundo podia ser que ele deixasse ela em paz.

Então aceitou um convite do rapaz para sair, mas deixou o cara plantado. Não apareceu, não ligou pra explicar, não inventou imprevistos, não pediu desculpas, nada! Simplesmente deu o bolo, e o carinha nunca mais a incomodou. E como se não bastasse ainda concluiu a história da seguinte maneira:

- Depois fiqeui pensando...que sujeito mau-caráter! Não apareci e ele nunca ligou pra saber o que aconteceu. E se realmente tivesse acontecido algo comigo, algum acidente, ou coisa assim? Ainda bem que me livrei desse insensível.

Moral da história: Nunca, jamais e em nenhum hipótese duvide da capacidade de crueldade de uma mulher

Comments:
Essa de "na cara não vale" deveria estar no final da 3ª lição, que se passou na 6ª série.
 
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