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22 de janeiro de 2006

 

Notícias que eu mesmo invento (VIII)


Tragédia de pintor fracassado multiplica o valor de seus quadros.

Milão - O pintor italiano Giovanni Bedolo, de quarenta anos, tinha tudo para passar inadvertido no mundo da arte se não fosse o trágico acidente que lhe arrancou a vida no dia 10 de janeiro de 2006 quando voltava de seu estúdio para sua casa carregando seu mais novo quadro. O pintor foi atropelado por uma ônibus que cruzava a Via Toscana, próxima ao famoso Parque Ravizza e chegou sem vida ao hospital. A polêmica surgiu após um grande número de colecionadores de arte demonstrar interesse em adquirir a última obra do pintor, que permanecia intacta mesmo após a colisão, porém, manchada com o sangue derramado após o acidente, o que, segundo os críticos, deu um toque de vermelho marcante na composição. O quadro que passou a refletir a ultima tragédia do pintor foi recolhido junto com outros encontrados em seu estúdio e seu apartamento pelas autoridades que ainda não sabem que decisão tomar, o mais provável é que seja doado a algum dos inumeros museus da cidade, já que o pintor vivia sozinho e não deixou herdeiros.
Giovanni Bedolo começou a pintar aos vinte anos de idade, produziu algo mais que 500 quadros e faleceu sem nunca ter vendido uma única obra. Para sustentar-se trabalhava como lavador de pratos em um hotel. Suas produções eram consideradas amadoras, sem valor comercial e fora de época.
Por vinte anos o artista frequentou insistentemente o mercado das pulgas em busca de alguém que pagasse pelo menos 100 euros por seus quadros, mas, não teve êxito. As poucas pessoas que possuem alguma obra do artista em casa são seus amigos, que costumavam ser presenteados com suas pinturas. Muitos já confessaram ter recebido propostas de até 50 000 euros após o fatal acidente, enquanto o quadro que contém as manchas de sangue do pintor sobre a tela, acredita-se que se fosse levado a leilão alcançaria os 300 000 euros.
Os amigos buscam agora montar uma exposição, o que promete ser outro espetáculo grotesco, visto que a idéia é justamente escancarar o pouco valor que inclusive eles chegaram a dar pela pintura de Giovanni. Por exemplo: muitos mantinham sua obras trancadas numa despensa empoeirada, outro companheiro confessa haver pendurado o quadro em sua lanchonete ao lado da máquina de fritar batatas, o que havia originado manchas enormes de gordura sobre a tela, há ainda um amigo que também era pintor que afirma que na falta de uma tela nova par ensinar seu filho a pintar, utilizou um dos quadros de Giovanni como "rascunho". A intenção é exibir os quadros da maneira como se encontram: empoeirados, rabiscados, engordurados, furados, nada de retoque. Ao lado de cada obra será colocada uma placa explicando onde esteve guardado o quadro, o porquê de seu estado de deterioração e um breve relato sobre o que pensou o amigo do falecido pintor no momento em que foi presenteado com a pintura.

***

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Comments:
nossa, que sangue era esse que conseguia se fixar com cor vermelho brilhante num quadro com fundo preto, deos meo? eu quero pra mim!

e qualquer semelhança com van gogh é mera coincidencia, né? hehe
 
O sangue se fixou apenas nas partes pintadas de branco. Nas partes pretas continuou preto, como é lógico.
Ah, a mentira foi baseada um pouquinho em Van Gogh, mas um muito mais em mim mesmo. O lance do mercado das pulgas e das manchas de batata frita são baseados em fatos reais da minha vida.
besos
 
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